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terça-feira, 14 de março de 2017

Ao amor o amor

Texto de Arly Cravo, coach relacional, (uma das pessoas que mais me influencia)

Primeiro a cobrança/pressão para o casamento.
Depois a cobrança do nascimento dos filhos (afinal vocês TÊM que ser pessoas NORMAIS).
Depois vem o insuportável policiamento na educação dos filhos e a insustentável tortura em cima da mãe (mãe deve isso, mãe tem que aquilo) com a tradicional invasão bárbara das sogras (avós) cunhados (as) e agregados.
Como resultado inevitável disto vem o tédio e a incestualização da relação.

É a morte do casal e o início definitivo da sociedade FAMÍLIA que, na melhor das hipóteses, resulta na irmandade e amizade fraternal. O sexo sai de cena porque irmão não faz sexo com irmã.

Deveria haver uma cerimônia ou rito para isso também:
"A incestualização da união" com um juramento do tipo: "A partir de hoje somos "irmãos" e sexo não é mais uma "obrigação" entre nós".

Há quem escape disso, mas são as raras exceções dotadas de uma imensa maturidade emocional. Aquela que faz perceber que laços consanguíneos não têm, necessariamente, nada a ver com afinidade e muito menos com o cumprimento de protocolos sócio/familiares em detrimento do bem estar e da felicidade pessoal do casal.

Se for "até que a morte os separe" então teria que separar ou mudar o contrato quando o casal morre (em vida dos cônjuges) e viram irmãozinhos.

Agora, tendo filho na parada, se surge essa amizade e o casal quer e concorda em viver a sexualidade de forma libertária e manter a união fraternal, então a saúde agradece.

A raiz de todo esse problemão está na dificuldade de as pessoas territorializarem seus espaços pessoais evitando assim relações promíscuas, lembrando que relação promíscua é toda e qualquer relação em que as pessoas participam sem estarem alí com a "alma", "de coração", oferecendo assim um "corpo vazio" à relação. Esta dificuldade existe porque há uma tradição de indução comportamental, uma imposição cruel que desconsidera o indivíduo e exige dele a função que ele deve exercer na sociedade, fazendo-o sentir-se um marginal se pensar e agir diferente, ainda que construtivamente, em relação ao seu semelhante.

Ora, biologicamente somos uma relação, precisamos ser relacionais, mas nunca em detrimento da nossa natureza pessoal e isto é plenamente possível.

Tudo isso sem contar que existe uma grande inveja por parte dos "sequestrados" pelo esquema social em relação aos que ainda vivem heróicamente em liberdade.

Aí, oportunamente, aparece uma pergunta bem interessante:

"Quem está realmente encalhado?".

Ainda precisamos aceitar uma forma de convívio que contemple a harmonia entre a nossa natureza individual e a nossa natureza coletiva, até porque a natureza é uma só.

Foco no afeto!


3 comentários:

  1. Um texto que dá que pensar. Mas com o qual pessoalmente não me identifico.
    Um abraço

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  2. Reflexico, lindo e o amor e afeto sempre fazem bem! bjs, chica

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