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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

“Sabe o que você é? Você é um rascunho de uma carta divina. Você é um espelho que reflete um rosto nobre. Este universo não está fora de você. Olhe para dentro de si mesmo; tudo o que você quiser, você já é.”

Rumi


domingo, 26 de fevereiro de 2017

"Experimento viver sem passado sem presente e sem futuro e eis-me aqui livre."

Clarice Lispector





quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Nascimento de Frédéric François Chopin

22 de fevereiro de 1810 ou 1/03/1810 ( não se sabe muito bem) - Nascimento de Frédéric François Chopin

Frédéric François Chopin, também chamado Fryderyk Franciszek Chopin (Żelazowa Wola, 22 de fevereiro ou 1 de Março de 1810 — Paris, 17 de Outubro de 1849), foi um pianista polonês-francês radicado na França e compositor para piano da era romântica.

É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história.

Sua técnica refinada e sua elaboração harmônica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros grandes compositores, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.

Entre suas principais obras, destacam-se: “Noturno op. 9 n 2,” “Valsa op. 81 n1 — Grande Valsa Brilhante”, “Impromptu Op. 66 — Fantasie-Improptu”, “Estudo op 10 n 12, — Revolucionário”, “Tristesse op. 10 n 1”, “Prelúdio op. 28 n 15, da Gota d’Água”, “Polonaise op. 93” e “Mazurka op. op.7 n 1”.



Ainda sobre a liberdade...

Por Gibran Khalil Gibran (livro "O profeta")

Um tribuno disse: "Fala-nos da Liberdade."

E ele respondeu:
"Tenho-vos visto prostrados junto às portas da cidade e junto de vossas lareiras para adorar vossa própria liberdade, como escravos que se humilham diante de um tirano louvando-o, embora ele os destrua.

Sim, no arvoredo do templo e à sombra da cidadela, tenho visto os mais livres entre vós carregar sua liberdade como um jugo e uma algema. E meu coração sangrou dentro de mim; pois só podereis libertar-vos quando até mesmo o desejo de procurar a liberdade se tornar um jugo para vós, e quando cessardes de falar em liberdade como uma meta e um fim.



Sereis, na verdade, livres, não quando vossos dias estiverem sem preocupação e vossas noites sem necessidades e aflição. Mas, antes, quando essas coisas apertarem vossa vida e, entretanto, conseguirdes elevar-vos acima delas, desnudos e sem amarras.

E como vos elevareis acima de vossos dias e de vossas noites se não quebrardes as cadeias com que, na madrugada de vosso entendimento, prendeste vossa hora meridiana?
Em verdade, aquilo que chamais liberdade é a mais forte destas cadeias, embora seus elos cintilem ao sol e vos deslumbrem.

E do que é que quereis livrar-vos para serdes livres, senão de pedaços de vós mesmos?

Se é uma lei injusta que quereis abolir, lembrai-vos de que esta lei foi escrita por vossa própria mão em vossa própria testa. Não podeis apagá-la queimando vossos códigos de Leis, nem lavando as faces de vossos juízes, embora despejeis o mar sobre delas.
E se quiserdes destronar um déspota, cuidai primeiro que seja destruído seu trono erguido dentro de vós.
Pois, como poderia um tirano dominar os livres e altivos, se não pela tirania que está em sua própria liberdade e a vergonha em sua própria altivez?

E se é uma preocupação que quereis vos livrar, essa preocupação foi escolhida por vós mais do que a vós imposta.
E se é um temor que precisais dissipar, o assento desse temor está em vosso coração, e não nas mãos do temido.
Na verdade, todas as coisas movem-se dentro de vós em um constante meio-aperto, as coisas desejadas e as temidas, aquelas que vos repugnam e aquelas que vos atraem, aquelas de que fugis e aquelas que procurais.

Tais coisas movem-se dentro de vós como pares inseparáveis de luzes e sombras. E quando a sombra desvanece e se dissipa, a luz que se demora torna-se uma sombra para outra luz.
E assim vossa liberdade, solta de suas amarras, torna-se uma amarra para a liberdade maior."



terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Falsa liberdade?

" Os piores escravos são aqueles que estão servindo constantemente as suas paixões" Diógenes.

"... Vi os mais livres dentre vós usarem a vossa liberdade como uma corrente e um par de algemas."
Gibran Khalil Gibran

Sempre achei o conceito de liberdade muito ambíguo. Quando fazemos o que desejamos, temos que lidar com as consequências, mesmo sendo contra a nossa vontade.

A verdadeira liberdade nasce de um compromisso com a vida. com as virtudes e os valores. A liberdade não consiste em atos, mas na consciência que dirige os atos, o que determina se você é livre, é o quão consciente você está.

Se não temos força moral para assumir nossos compromissos e poder dirigir nossa própria vida conforme nós determinamos, somos submissos, somos escravos de nós mesmos.  Somos escravos então dos nossos maus hábitos, das nossas más ações e do nosso caráter.


Érika Oliveira


Aquela ideia que destrava um pensamento, fazendo com que tudo se encaixe e faça sentido..


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Conclusão do Curso de Canto!!

Bom dia leitores e amigos queridos!

Terça- feira foi um dia muito especial. Depois de mais de um mês de ensaios e de treinos, uma edição do Curso de Canto, realizado no Cuca Mondubim, com o professor Edmundo Vitoriano chegou ao fim. 
Foi uma experiência ímpar, as aulas tiveram um alto padrão e foi bem oportuno para muitas amizades. Eu realmente desenvolvi minha voz me aproximei ainda mais do mundo da música. 

Tivemos algumas dificuldades, desafinamos um pouco, ajustamos daqui e dali, mas aprendemos tanto e nos desenvolvemos tanto que o esforço valeu a pena. 

Estas são as fotos dos ensaios no estúdio...


Ensaio do Jonas, que cantou uma música do Fagner. Quem está no baixo é o professor Edmundo. O professor Edmundo Vitoriano é um grande músico cearense, ele formou a inesquecível banda cover 'Remember Beatles' e atualmente integra a  'Band On The Run' que apresenta as canções do Paul McCartney. Isso sem falar dos vários projetos e parcerias. Privilégio né?


Alunos bem atentos ao professor...


Muita atenção na aula... Mas sorrisinho para a foto pode haha



Ensaio da música Tempos Modernos. Muita gente e pouco microfone haha



Duas lindas contraltos <3 


Vitória, no ensaio da música Você sempre será, de Marjorie Estiano.


Um trio de belíssimas cantoras, Vitória, eu e Jamille ( que fez um dueto comigo, cantando a música Corro Demais, do cantor/compositor Roberto Carlos)



                           

Lucas Mariano e Davi Lira no cerimonial da apresentação

   

Lucas Lira cantando Força Estranha, canção interpretada por Ana Carolina e escrita por Caetano Veloso.

  

Jamille e eu, interpretando Corro Demais!!! Desse ângulo dá pra ver mais de pertinho o querido Albertan ( o violonista), um excelente compositor muito empenhado, que tive a honra de conhecer. Se esforça muito e gosta de incentivar o trabalho de quem anda começando agora no mundo da música ( tipo eu hahah)


Willian cantando Eu sem Você, de Paula Fernandes. Quem toca o baixo é o professor Edmundo Vitoriano que tanto se empenhou em nos ensinar e nos incentivar. . .Para muitos alunos, ele é um patrocinador de sonhos. Quem toca bateria é o Eduardo Madeira, o conhecido Dudu, um músico super divertido que deu muito suporte nas aulas e que é o responsável pelo estúdio. 


  
Nossa plateia haha



  

Karen se preparando para cantar Coisa Linda, do Thiago Iorc. Excelente soprano, afinadíssima.


Super-Alysson tocando escaleta. Um multiinstrumentista talentoso que consquistou minha amizade, e o suspiro das menina viiu hahahah



Todos os alunos interpretando a música Tempos Modernos, de Lulu Santos.


 Além disso houve a incrível apresentação do Lucas Mariano, que interpretou perfeitamente Elvis Presley. Aqui está o vídeo que ele fez do making of, de como ele se preparou e no final está finalmente o cover que ele fez do grande Elvis. Lucas realmente tem muito talento. Vai ficar famoso, ainda vou ouvir falar de Lucas Presley hahah.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Circunstancial

Os ricos tornam-se pobres,
Reis são destronados,
Desastres extinguem civilizações inteiras, não se pode resistir.
O mundo é ilusão , o amanhã pode nem mais surgir.


Não se apegue ao que é trivial, ao que é passageiro e material,
Tudo é circunstancial.


Érika :) 


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A Cortesia



Jorge A. Livraga Rizzi
Fundador da Nova Acrópole



Começamos por esclarecer que o verdadeiro sentido etimológico e ideológico da palavra “Cortesia” advém das antigas “Cortes”, lugares habitualmente frequentados pelos filósofos, artistas, literatos, políticos, economistas, juízes, médicos e, em geral, todos os profissionais e pessoas distintas a quem correspondia tomar as considerações e decisões de um Estado ou Reino, numa – segundo Platão – congregação, em que através dos seus talentos, saberes e habilidades, prestavam um serviço público à sociedade; os que estavam dedicados ao Estado, palavra que em latim se transformou na res publica (da causa pública), de onde
provém a palavra “República”.

Em todas as antigas Culturas e Civilizações que conhecemos, mesmo que parcialmente, existia uma forma “cortês” de relações entre pessoas. Na denominada Idade Média do Ocidente, o cortês desenvolveu-­se num círculo mais fechado de comunicação entre Damas e Cavaleiros e destes entre si, desde a formação como
pajens até à culminação como cavaleiros.

Infelizmente, com o passar do tempo, muitas dessas úteis e saudáveis tradições caíram em desuso e até na degeneração, promovendo costumes falsos e mentirosos. Esta última imagem é a que nos conduziu ao nível de comunicação massiva. E hoje, entre os medianamente jovens, os que sofreram as deformações do pós-guerra, a cortesia aparece como um sinônimo de falsidade e falta de autenticidade. Nós, filósofos, queremos resgatar e gerar formas de cortesia que nos afastem da animalidade estupidificante e do aborrecimento do meramente instintivo.

A cortesia é, ao mesmo tempo, uma forma de generosidade e de amor. Um reconhecimento da fraternidade universal para além de todas as diferenças de classes, etnias, sexos, nacionalidades, estados sociais e econômicos. É uma maneira humilde, mas agradável, de aplicar o primeiro Princípio da Nova Acrópole:
“Reunir homens e mulheres de todas as crenças, raças e condições sociais em torno de um ideal de fraternidade universal.”

Do mesmo modo que quando oferecemos uma prenda, por mais pobre que seja, costumamos cobri-­la com papéis e fitas coloridas, de maneira que antes de chegar ao objecto em si, o destinatário tenha a sensação de que pensamos carinhosamente nele e que nos preocupamos em lhe expressar os nossos sentimentos
afetuosos e os nossos bons desejos, qualquer palavra ou ação deve estar prudentemente envolvida na nossa capacidade de dar e amar.



Não se é menos homem ou menos mulher por superar rusticidades. São, pelo contrário, o cavaleiro ou a dama mais eficazes e agradáveis que põem em tudo o que fazem um toque de beleza, de amor e de cortesia. O que é que nos impede de saudarmo-­nos com um aperto de mãos, um abraço ou um beijo, de acordo com a circunstância e os atores? E por “ator” devemos entender o que o Imperador Augusto entendia: participantes ativos e eficazes da vida... aquele que faz algo. O verdadeiro “ator”, segundo o Teatro Mistérico, é aquele que representa as coisas; aquele que as apresenta novamente, mas agora com uma carga de interpretação humana que as melhora, embeleza e enobrece, de modo que todos possam participar nelas de alguma maneira.

Deveríamos esforçar­-nos por não manifestar qualquer gesto de ira e de amargura, de ódio ou de rancor. Esta atitude, embora comece por ser meramente externa, se for mantida com fortaleza e perseverança, chega a tocar profundamente e, como o palhaço dos contos, de tanto sorrir e fazer rir, acaba por contagiar­-se a si
mesmo com a sua alegria e encontra consolo para as desventuras da vida.

Existem muitas “ideologias” políticas e religiosas que provocaram genocídios e fizeram chorar muita gente. Que possamos nós dar o contrário: alegria, paz, concórdia, prosperidade. Um filósofo triste por circunstâncias banais não é um verdadeiro filósofo e menos ainda se o demonstra e chora as suas dores a todas as suas amizades, dando sinais de fraqueza, impotência espiritual e debilidade vampirizante.

Acostumemo-­nos antes a dar do que a pedir. Evitemos julgar os outros perante a escassa luz do nosso ainda nascente discernimento, abundantemente deformado pelas nossas paixões. Sejamos fortes e verticais. No mundo já existem demasiados mendigos... Não sejamos um deles. E não me refiro somente ao plano econômico, mas ao global. Ofereçamos de mãos cheias! A nossa energia, a nossa bondade e boa vontade para todos. Trabalhemos muito, estudemos, pensemos e oremos o necessário... mas acima de todas as coisas, rompamos os nossos moldes de egocentrismo, com Humildade de Coração, que não é a do corpo e dos farrapos. Sejamos Corteses...

Façamos realmente todos os dias, um mundo novo e melhor... e habitemos nele.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Deus e a criação, na visão da filosofia grega e hindu

No sistema filosófico de Aristóteles não é Deus o criador do universo mas a causa de seu movimento. Porque o criador é um sonhador, e um sonhador é uma personalidade insatisfeita, alma que anseia por algo que não existe, ser infeliz que busca a felicidade- em suma, criatura imperfeita que aspira à perfeição. Mas Deus é perfeito e, sendo perfeito, não pode ser insatisfeito ou infeliz. Não é, portanto, criador mas o motor do universo.

Mas que espécie de motor? A essa pergunta responde Aristóteles que Deus é o motor não movido do universo. Toda e qualquer outra fonte de movimento do mundo, seja uma pessoa, seja um coisa, seja um pensamento, é ( de acordo com Aristóteles) um motor movido. Dessa sorte, o arado move a terra, a mão move o arado, o cérebro move a mão, o desejo de alimento move o cérebro, o instinto da vida move o desejo de alimento, e assim por diante. Em outras palavras, a causa de todo o movimento é o resultado de outro movimento qualquer. O amo de todo escravo é o escravo de algum outro amo. O próprio tirano é escravo de sua ambição. Deus, no entanto, não pode ser escravo de nenhuma ação. Não pode ser escravo de amo nenhum. É a fonte de toda a ação, o amo de todos os amos, o instigador de todo o pensamento, o motor não movido do mundo.

Além disso, Deus não se interessa pelo mundo, muito embora se interesse o mundo por Deus. Pois interessar-se pelo mundo significa sujeitar-se a uma emoção, deixar-se mover por preces ou imprecações, ser capaz de modificar o próprio espírito em virtude das ações, desejos ou pensamentos alheios- em suma, ser imperfeito. Mas Deus é sem paixão, imutável, perfeito. Move o mundo como um amante move o objeto amado. Passa pela rua uma formosa mulher. Embebida pelos próprios pensamentos, traz os olhos fitos no chão. Não olha para ninguém. Mas toda a gente a contempla. A presença de sua beleza fez com que todos os olhares se voltassem, emocionou todos os corações, gerou pensamentos em todos os espíritos. Tal é a natureza da beleza de Deus. Sem ser movido, " produz movimento dentro de todos nós por ser amado".

Esse Deus aristotélico, amado de todos os homens e indiferente a seus destinos, é um Ser Supremo, frio, impessoal e, do nosso ponto de vista religioso moderno, " perfeitamente" insatisfatório. Mais se assemelha à Energia Primeira dos cientistas que ao Pai Celestial dos poetas. O espírito humano, divorciado de toda emoção, pode ser capaz de conceber tal governante desinteressado do universo. Todavia, o coração humano, com a sua carga  de tristeza e a sua capacidade de compaixão insiste sobre um Deus que mais seja um Amigo Amante no céu que uma abstração, destituída de amor, nas especulações metafísicas de um filósofo grego. Mais próximo, talvez, do mistério essencial do mundo está o coração do que o cérebro. 

Quanto à validez científica da especulação aristotélica sobre o motor não movido, ou a causa não criada de todo movimento, a fraqueza da posição de Aristóteles é bem sintetizada pelas palavras da menininha que perguntou : "Mas, mamãe, quem é que fez Deus?"


Fonte : Vidas Notáveis, 1979, Porto Alegre- Editora Globo.


Existem coisas que vão além da nossa percepção materialista. O crítico acima descreve em síntese as considerações de Aristóteles sobre Deus. Na filosofia hindu, a criação cósmica nada mais é do que a condensação onírica dos pensamentos divinos. Assim, para que se consolidasse, Deus começou a pensar e projetar a condensar a luz atômica em prótons e elétrons. Deus deu força adicional para que se organizassem em átomos e moléculas e por conseguinte gases, calor, líquidos e sólidos. E tudo isso de acordo com Sua ideia-sonho. E depois nos materializou para que começassemos a usufruir toda a criação onírica Dele, da alegria dele. 

Deus anseia por nosso amor

Perguntei a Deus por que Ele fez esta criação : "Era necessária para Ti'?" Ele respondeu: " Não, mas Eu não tinha ninguém com quem compartilhar Minha alegria." Assim, Ele tornou-se o Criador, mas com uma condição: imporia a Si Próprio a mesma busca, o mesmo anseio que impôs a Suas criaturas. Todos procuram alguma coisa, pela felicidade que acreditam que aquilo lhes dará. Mas as pessoas não encontram a verdadeira felicidade, pois toda avenidade ganho material termina num beco sem saída. Você deseja uma coisa somente até tê-la. Quando a consegue, o prazer diminui até que a alegria se acaba. A maioria das pessoas acha que a vida é apenas nascer, casar, ter filhos, ganhar dinheiro, gozar alguns prazeres efêmeros e morrer, Mas esta não é a verdade. Deus diz: " Eu impus o mesmo nível de dificuldade  a Mim e a Meus filhos. Como eles não estão encontrando a satisfação, Eu também ainda não encontrei o que quero" E o que é que Deus anseia? Nosso amor, nossa atenção. Ele tornou tudo muito difícil para Si Mesmo, pois deu livre-arbítrio aos seres humanos para que O buscassem ou rejeitassem. Deus diz: "Vou atrás de cada coração, esperando que Meus filhos desprezem Minha criação e se voltei para Mim". É um grande pensamento: perceber que Ele impôs a Si próprio o mesmo "exílio" imposto a nós; perceber que Deus também busca alguma coisa: o nosso amor.

Paramahansa Yogananda, do livro Romance com Deus.

O que você carrega no seu coração?

Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive neste lugar?
– Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem? – perguntou por sua vez o ancião.
– Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – estou satisfeito de haver saído de lá.
– A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui – replicou o velho.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta:
– Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu:
– Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
– O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
– Como é possível dar respostas tão diferentes à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu:

– Cada um carrega no seu coração o ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Um conto sobre a bondade!


Tempos atrás, uma moça se casou e foi viver com o marido e a sogra.


Depois de alguns dias, passou a não se entender com a sogra. As personalidades delas eram muito diferentes e a jovem foi se irritando com os hábitos da mulher mais velha, que frequentemente a criticava.

Meses se passaram e as duas cada vez discutiam e brigavam mais. De acordo com a antiga tradição chinesa, a nora tinha que se curvar à sogra e obedecê-la em tudo. Já não suportando mais a convivência, decidiu a jovem tomar uma atitude e foi visitar um velho sábio, entendido em ervas, que a ouviu e entregou-lhe um pacote de ervas, dizendo:

- Você não poderá usá-las de uma só vez para se libertar de sua sogra, porque isso causaria suspeitas. Vou lhe dar várias ervas que irão lentamente envenenando-a. A cada dois dias, ponha um pouco destas ervas na comida dela. Agora, para ter certeza de que ninguém suspeitará de você quando ela morrer, tenha muito cuidado e aja com ela de forma amigável. Não discuta e trate-a o mais amorosamente possível, como se ela fosse a pessoa mais importante da vida para você. Siga minhas instruções e seu problema será resolvido.

Muito contente, a moça voltou apressada para casa para começar o projeto de assassinar a sua sogra.

Semanas se passaram e a cada dois dias, servia a comida "especialmente tratada" à sua sogra. Ela sempre lembrava do que o velho sábio havia recomendado sobre evitar suspeitas e assim, controlou o seu temperamento, obedeceu à sogra e tratou-a como se fosse sua própria mãe.

Depois de seis meses, a casa inteira estava com outro astral. A nora mudou o temperamento e quase nunca se aborrecia. Nesses seis meses não tinha tido nenhuma discussão com a sogra, que agora parecia muito mais amável e mais fácil de lidar.
As atitudes da sogra também mudaram e elas passaram a se tratar como mãe e filha. Finalmente, a jovem foi novamente procurar o velho homem para pedir-lhe ajuda:

- Senhor, por favor me ajude a evitar que o veneno mate minha sogra! Ela se transformou numa mulher agradável e eu a amo como se fosse minha mãe. Estou muito arrependida e não quero que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei.

O velho sábio sorriu e acenou com a cabeça.

- Não precisa se preocupar. As ervas que eu dei eram vitaminas para melhorar a saúde dela .O veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído pelo amor que você passou a dar a ela.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

As irmãs Gêmeas

Havia duas irmãs gêmeas: uma chamava-se Ética e a outra, Moral.
Desde criança, as duas viviam juntas e, de tão parecidas, alguns diziam ser a mesma pessoa.
Na hora de fazer os trabalhos, a Ética sempre tinha as melhores idéias e a Moral as colocava em prática, sempre acrescentando alguns de seus ingredientes secretos: uma dose extra do tempero da vontade e do recheio do amor.
Com o tempo, as duas começaram a brigar, e hoje, já não andam mais juntas.
Unidas, as irmãs completam-se e conseguem coisas maravilhosas!
Mas separadas, ficam perdidas e nada fazem. Como a Ética pode colocar em prática suas idéias sem sua irmã Moral para ajudá-la? E quem melhor para guiar a Moral, mostrando o melhor caminho a seguir, do que a Ética?
A Ética e a Moral nunca morrem, pois elas são filhas do Pai Eternidade e da Mãe Sabedoria. São divinas!
Elas estão e sempre vão estar aqui na terra em busca de um abrigo no coração de cada ser humano. E quando todos as aceitarem com o coração aberto e puro, elas finalmente se reencontrarão.



Conto do livro infantil, Histórias para Despertar de Isabella Arruda, instrutora do Programa de Educação Infantil Merlin, promovido pela Nova Acrópole.


Alguém aí pode me dizer, sem pensar muito nem titubear: qual a diferença entre moral e ética?

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Você jamais encontrará felicidade enquanto for controlado pelo destino. Por “destino” não quero dizer “sina”. Não existe uma coisa chamada “sina”. O destino engloba as já esquecidas causas do passado que criam efeitos atuais em sua vida. Você pode dizer: “Eu estava destinado a ser guloso”. Mas isso não é verdade. No primeiro dia em que se alimentou você não era guloso; você é que criou esse hábito. O bêbado não era bêbado na primeira vez em que provou álcool. Quando você repete ações sem discernimento, descobre que elas começam a usurpar pensamentos e vontade, fazendo o corpo obedecer a seus ditames. Daí você diz que é sua sina ser pusilânime ou fracassado. A corrente que o aprisiona foi forjada por você mesmo, elo por elo. Você não tem nenhum destino a não ser o que você próprio planejou. Você mesmo criou a predestinação de ser bom ou mau quando, no passado, repetiu certas ações benéficas ou prejudiciais.


Paramahansa Yogananda, O Romance com Deus



sábado, 4 de fevereiro de 2017

Obra de Sir Henry Rayburn, L’innocence (Inocência), exposta no museu do Louvre. Quão maravilhoso deve ser ir ao Louvre!!


Esse pintor inglês conseguiu retratar maravilhosamente a criança neste retrato. Veja como a obra expressa o frescor e a pureza da infância


Quem já foi no Louvre????


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Analemma


O que é um Analema?  É uma foto do Sol por semana, do mesmo local e no mesmo horário durante um ano. Ou seja, mostram as diferentes posições do Sol no céu, durante o ano.

Um analema anual sobre Atenas é ligeiramente diferente comparado a um analema sobre Paris ou Roma mesmo se tomado na mesma hora do dia. A principal mudança é o quanto se inclina e quão alta acima do horizonte aparece o analema. Entăo, como seria, de Sydney? Bem, quase o mesmo de Atenas, já que suas latitudes são quase opostas.  Se a sequência de fotos fosse obtida a partir da linha do Equador, o símbolo formado seria simétrico.

Os astros estão em constante movimento, não permanecem no mesmo lugar o tempo todo. Sabemos que em diversos periodos do ano a terra se afasta ou se aproxima do sol. Concomitantemente a isso, há o fato de que o nosso planeta está se afastando, como se o universo estivesse se expandindo. 
Às vezes achamos que nossa situação não vai passar e que tudo está estagnado e estático. Será mesmo? Tudo passa, tudo muda de posição. 
Todo o universo está em constante movimento. Inclusive o universo dentro de nós.




Analema em Marte!!


Analema na Antártica

 Fontes :
 http://blogs.esa.int/concordia/2015/10/14/the-analemma-in-antarctica/
https://apod.nasa.gov/apod/ap061230.html
https://apod.nasa.gov/apod/image/1309/solar-analemma-070000-900pix.jpg
http://twanight.org/newTWAN/photos.asp?ID=3001422


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Um dos doze trabalhos de Hércules foi matar a Hidra de Lerna, o monstro simbólico de origem imortal dotado de várias cabeças. Ao se cortar uma, nasciam outras duas no lugar. Esse mosntro representa a mente, defeitos psicológicos e maus hábitos. 

Como diz o mito, sempre que Hércules cortava uma das cabeças da Hidra, ela voltava a brotar em dobro, tornando a tarefa impossível. Assim como Arjuna é auxiliado por Krishna, também Hércules é auxiliado por Iolau (IAO, IEÚ ou JEÚ) – o qual aconselha Hércules a queimar as cabeças após cortá-las para não renascerem. Isso quer dizer que não basta compreender um defeito; é preciso ir além e capturar o profundo significado do mesmo; do contrário, eles voltam a renascer. Ou seja, se você tem um problema, ignorar, fazer de conta que ele não existe não resolve nada. Em algum momento vai tornar a surgir.

 O simbolismo do fogo sempre foi usado ao longos dos séculos e em várias outras mitologias como o a representação da racionalidade. Assim, só podemos destruir um defeito ou mau hábito cauterizando-o com o fogo da razão.