Sempre soube da existência de Marylin Monroe. Um dos sex symbols da década de 50 que faleceu super jovem. Mas foi com o filme 7 dias com Marilyn (My Week with Marilyn, 2011), estrelado por Michelle Willians, que conheci a história dessa mulher tão impressionante.
O filme tentar mostrar um making of da gravação de um dos filmes que ela protagoniza, ilustrando sua real personalidade. Todos sabemos que Marylin era linda e sensual, mas por trás disso, ela era insegura e volátil. O mito da perfeição é desconstruido, mostrando uma mulher muito insegura, depressiva e melancólica. Acho que todos os homens queriam tê-la por perto e provavelmente todas as garotas queriam ter a beleza e o charme desta mulher, mas ninguém imagina os obstáculos e as dificuldades que ela passou.
O que mais me chamou a atenção era a autocobrança que ela tinha em si mesma. Até onde podemos nos deixar levar pela autocrítica? Até onde é saudável? Será que crítica demasiada em si mesmo faz mal ou é só assim que alcançamos nossos maiores sonhos e desejos? Ela quase enlouquece, precisa de remédios, bebidas e atenção das pessoas para não chegar à loucura. Eu sofri junto com ela, rs.
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Um dos cartazes do filme. Lindo né? |
Ela não acreditava que tinha talento e o diretor do filme cobrava muito dela. Ela se sentia péssima e bebia muito, faltava nos dias de filmagem e dava muito trabalho. Apesar de tudo, o filme foi um sucesso. Conseguiram gravar e realmente todos ficaram muitos felizes com o resultado.
O diálogo mais impactante foi em uma das últimas cenas. O diretor que também atuou no longa, passou o filme inteiro cobrando, reclamando e exigindo de Monroe. Mas, no final, ele assiste a vinheta do filme com um assistente e diz, admirado, que ela realmente era incrível e uma das melhores atrizes que já tinha visto. O assistente indaga por que ele não dizia isso para ela. Realmente, talvez se o diretor tivesse tentado, poderia ter feito ela se sentir melhor, uma palavra faria a diferença e teria evitado muita tristeza para ela. Mas o que ele disse foi o melhor :" Mas ela não acreditaria. E se ela acreditasse, ela não seria ELA."
Dessa forma, eu fico com a ideia de que temos que nos cobrar e exigir o melhor de nós mesmos. Temos que fazer da melhor forma que podemos para gerar algo de real valor e sair da mediocridade. Acredito que se Marilyn não tivesse se esforçado nos filmes, ela nunca teria ficado famosa. Apesar de os primeiros filmes da carreira dela terem sido de roteiro e qualidade duvidosa, como ela mesma afirma em uma entrevista, nada teria acontecido sem ela ter dado a melhor versão dela mesma. Esse é o segredo.
Érika. :)