Nada melhor do que um bar para debater essa questão. No bar do Paçoca, um dos mais badalados do Zé Walter, o montador eletricista Francisco Viana, 52 anos, garante que o bairro não tem mais tantos cornos assim. “Os primeiros que chegaram aqui eram ‘tudo’ corno. Mas, hoje, a maioria foi embora. O bairro não é de ‘cornagem’”, garante Viana, que já fez até cálculos e chegou à conclusão de que o número de galhudos “caiu uns 93%”, o que deixaria o lugar na média do restante da cidade.
Outra causa apontada é o fato de o Zé Walter ser um bairro com muita mulher bonita. “Daqui já saíram três miss Ceará. Que outro bairro teve isso? Nenhum!”, conta orgulhoso Haroldo Torres, 50.
O aposentado João Pedro Vilarreal, 71, sentado em outro bar, narra história totalmente diferente: “A gente tinha um problema de transporte. O bairro era distante demais e tinha apenas uma linha da empresa Nossa Senhora de Fátima. E as pessoas diziam: ‘Isso aqui é lugar pra corno’”.
Há quem reclame que a fama foi espalhada pelo humorista Falcão, o que é negado categoricamente por ele: “O José Walter foi o primeiro conjunto habitacional (de Fortaleza) e ficava no meio do mato. Como era um bairro dormitório, os maridos iam trabalhar e as mulheres ficavam em casa. Daí vem a fama de bairro dos cornos, que é antiga, do final da década de 70. Eu ‘apenasmente’ comento o fato”.
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